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segunda-feira, 29 de março de 2010

CONTINUAÇÃO; REFORMA PROTESTANTE.

PRINCÍPIOS TEOLÓGICOS, ÉTICOS, MORAIS E ESPIRITUAIS DA REFORMA PROTESTANTE (1)
O presente texto foi publicado na apostila elaborada para a 1ª Conferência de Educação Teológica e Encontro de Diretores, Professores e Estudantes de Teologia, realizada pelo Conselho de Educação e Cultura da CGADB, como apoio do Conselho de Doutrina, Comissão de Apologética e da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), na Assembleia de Deus Ministério do Belém em Santos-SP.

Originalmente teve o título "Princípios Teológicos da Reformar Protestante". Devido a sua extensão, aqui neste blog ele será postado em três partes.

“Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.” (Jd 3)


1. OS ANTECEDENTES HISTÓRICOS E AS CAUSAS DA REFORMA PROTESTANTE


Conforme Cairns (p. 221, 1988), um conjunto de fatores tornou inevitável a Reforma. Em torno do ano de 1500, os fundamentos da velha sociedade medieval estavam ruindo diante das transformações geográficas, políticas, econômicas, intelectuais e religiosas. Pode-se observar (idem, p. 221-223) de forma mais específica, os seguintes fatores :


1.1. Fatores Geográficos


Entre 1492 e 1600, houve mudanças fundamentais no conhecimento geográfico pelo homem medieval. A civilização antiga era basicamente potâmica, ou seja, estavam ligadas aos sistemas fluviais do mundo antigo. Na Idade Medieval a civilização desenvolveu-se em torno dos mares Mediterrâneos e Bálticos. Em 1517 os mares do mundo tornaram-se as estradas do mundo, tudo isso devido às descobertas de Colombo e de outros exploradores.


Os novos continentes do hemisfério ocidental se abriram à exploração pelo Velho Mundo. Espanha e Portugal deteram o monopólio na América Central e na América do Sul, mas a maior parte da América do Norte, depois de um embate entre França e Inglaterra, tornou-se a nova terra dos anglo-saxões.


Espanha, Portugal e França exportaram uma cultura latina com o catolicismo da Contra-reforma levado por conquistadores e clérigos ao Canadá, América Central e do Sul. O povo do noroeste europeu exportou a cultura Anglo-Saxônica, e o Protestantismo pluralista para formar a cultura dos Estados Unidos e do Canadá.


1.2 Fatores Políticos e Legais


A idéia medieval de um estado universal começava a dar lugar ao novo ideal de nação-estado. A partir da Idade Média os estados começaram a se organizar em bases nacionais. Estabelecidas com um poder central, fortes governantes, força militar e civil, caracterizadas por um sentimento nacionalista, logo passaram a se opor a um domínio de um governo religioso universal. A substituição da unidade política do mundo medieval pelas nações-estados encontrou na Reforma uma forte aliada, pois possibilitava o controle efetivo das igrejas nacionais. Segundo Duran (2002, p. 13):


Cada vez mais os homens da lei e dos negócios substituíam os homens da Igreja e os nobres na administração do governo. A própria lei, recuperando triunfante suas tradições e seu prestígio da Roma Imperial, conduzia a marcha da secularização, e dia após dia invadia a esfera da regulamentação eclesiástica da vida pela lei canônica. Os tribunais seculares estendiam sua jurisdição; os episcopais declinavam.


1.3 Fatores Econômicos


Na Idade Média a economia dos países europeus baseva-se na agricultura, sendo o solo a base de toda riqueza. Em

torno de 1500, o ressurgimento das cidades, a abertura de novos mercados e a descoberta de fontes para matéria-prima nas novas terras descobertas, promoveram o surgimento de uma nova era de comércio, onde a classe média mercantil tomou a frente da nobreza feudal na liderança da sociedade. O que era interurbano tornou-se internacional. O dinheiro tornou-se importante. Sobre os fatores econômicos, comenta Durant (Idem):


A religião, normalmente, prospera em um regime agrícola, a ciência, em uma economia industrial. Cada seara é um milagre da terra e um capricho do céu; o camponês humilde, sujeito ao tempo e consumido de trabalho, vê forças sobrenaturais em toda a parte, reza por um céu propício, e aceita um sistema feudal-religioso e fidelidades gradativas subindo através do vassalo, do senhor feudal e do rei até Deus. O trabalhador da cidade, o negociante, o industrial, o financista vivem em um mundo matemático de quantidades e processos, de causas materiais e efeitos regulares: a máquina e a tábua de calcular predispõem-nos a ver, por sobre espaços abertos, o domínio da “lei natural”. O crescimento de indústria, do comércio, e da finança no século XV, a passagem do trabalho do campo para a cidade, a elevação da classe comerciante, a expansão da economia local, nacional e internacional – foram todos presságios maus para uma fé que se amoldara tão bem ao feudalismo e às sombrias vicissitudes dos campos. Os homens de negócio repudiaram as restrições eclesiásticas, tanto quanto os direitos feudais; a Igreja teve de submeter-se, por um malabarismo teológico transparente, à necessidade de cobrar juros sobre empréstimos se o capital era expandir a empresa e a indústria; em 1500 a velha proibição da “usura” era ignorada universalmente.


A Reforma, desta maneira, atraiu a classe média capitalista, visto que a mesma não estava interessada no envio de suas riquezas à igreja universal sob a liderança do papa.


1.4 Fatores Sociais


A horizontalização que impedia a mobilidade social foi substituída por uma sociedade verticalizada. Era possível agora sair da classe baixa para a alta. Por volta de 1500, os negócios proporcionaram a ascensão social de muitos. A servidão entrou em declínio e uma nova classe média, que inexistia na sociedade medieval, formada principalmente por proprietários livres, pela pequena nobreza da cidade e pela classe mercantil começou a surgir. Para Cairns (Idem, p. 223) “Em linha gerais, foi essa classe média fortalecida que garantiu as mudanças introduzidas pela Reforma no noroeste da Europa”.


1.5 Fatores Intelectuais


O desenvolvimento do protestantismo foi influenciado pelo clima intelectual provocado pelo Renascimento Num aspecto amplo:


[...] a Renascença pode ser definida como aquele período de reorientação cultural em que os homens trocaram a compreensão corporativa, religiosa e medieval da vida por uma visão individualista, secular e moderna. [...] A concepção teocêntrica medieval do mundo, em que Deus era a medida de todas as coisas, foi substituída por uma interpretação antropocêntrica da vida, em que o homem se tornava a medida de todas as coisas. (CAIRNS, Ibidem, p. 212)


Os humanistas cristãos, interessados nas fontes originais, promoveram uma mudança bastante significativa no estudo da Bíblia. O interesse pela investigação do passado revelou as diferenças entre a Igreja do Novo Testamento e a Igreja Católica Romana.


A ênfase renascentista no sujeito pensante e livre, contribuiu para a ênfase na responsabilidade pessoal em termos de salvação e relacionamento com Deus. A idéia de um mediador humano ficou bastante enfraquecida.


1.6 Fatores Religiosos


Os historiadores são praticamente unânimes em afirmar que os papas e os clérigos foram responsáveis por uma série de abusos religiosos que contribuíram para o advento da Reforma. Como exemplo, pode-se citar:


- Corrupção e suborno nas eleições e indicações para os cargos eclesiásticos. Alexandre VI foi eleito pelo colégio de cardeais por meio de suborno e Leão X teve a sua eleição comprada a peso de ouro (DREHER, 2006, p. 17). Sisto IV financiou suas guerras vendendo os cargos da Igreja para os compradores que mais pagassem (DURANT, 2002, p. 11). Os cardeais raramente eram escolhidos por sua piedade, mas em geral por sua riqueza ou relações políticas ou capacidade administrativa (Idem, p. 15). Na Igreja do século XV quase todas as indicações exigiam a compra de superiores. “Uma medida papal muito usada para arranjar dinheiro era vender cargos eclesiásticos, ou (segundo o ponto de vista dos papas) indicar para sinacuras ou honrarias, até para cardinalato, pessoas que fizessem uma contribuição substancial para as despesas da Igreja” (Ibidem, p. 16). O nepotismo esteve também presente. Alexandre VI logo após a instalação, cumulou seu filho de benefícios, que aos 16 anos foi nomeado arcebispo de Valência. Após um ano fê-lo cardeal.


- Envolvimento com a política secular. Leão X, o terrível, era mais comandante de tropas do que líder espiritual. “Para ele, a salvação da Igreja estava na política e na guerra, uma eclesiologia altamente questionável” (DREHER, Idem). A diplomacia inescrupulosa de Alexandre VI e o militarismo cruel de seu filho César Bórgia reconquistaram os Estados Papais para o papado e acrescentaram rendas e forças à Sé Apostólica, escandalizando com os seus métodos a Europa (DURANT, Idem, p. 11). O Papa Júlio II superou a postura e ação militar de César Bórgia realizando guerra contra a rapace Veneza e os franceses invasores. “A Europa ficou chocada ao ver o papado não somente secularizado como também militarizado” (Idem, p. 17). O Papa Sisto IV atirou-se avidamente ao jogo da política (DURANT, Ibidem, p. 11). Muitos bispos eram, ao mesmo tempo, governadores eclesiásticos e civis (Ibidem, p. 15).


- O esbanjamento dos recursos. Leão X foi leviano gastando fortunas para saciar o seu hedonismo. Logo após a sua eleição escreveu a seu irmão Giuliano de Médicis: “Curtamos o papado, já que Deus no-lo concedeu!” (DREHER, Ibidem, p. 18). A Igreja esqueceu a pobreza dos Apóstolos nas necessidades e gastos do poder (DURANT, Ibidem, p. 16). Os impostos papais para manter o luxo tornaram-se uma carga pesada para o povo da Europa (CAIRNS, 1988, p. 201). “Para a maior parte do clero, a Igreja era vista como sendo de sua propriedade” (DREHER, Ibidem).


- A força da tradição. Um conjunto de tradições religiosas, ao passar dos séculos, ganhou preeminência em relação à Palavra de Deus. Assim, como nos dias de Jesus, a tradição passou a invalidar o mandamento divino (Mt 15.1-6). Como bem coloca Maia (2007, p. 42):


A tradição nunca foi rejeitada pelo simples fato de ser tradição. Nas próprias Escrituras encontramos ênfase e crítica à tradição (2 Ts 2.15). A questão básica é: A que tradição estamos nos referindo? R.C. Sproul esclarece: “Lutero e os reformadores não queriam dizer por Sola Scriptura que a Bíblia é a única autoridade da Igreja. Pelo contrário, queriam dizer que a Bíblia é a única autoridade infalível dentro da Igreja.


O que não se pode negociar e aceitar é o fato de que nenhuma tradição, por “boa” que seja, tenha autoridade acima da Palavra de Deus.


- Outras queixas. Conforme Durant (Ibidem, p. 21), outros fatores contribuíram para o anticlericalismo da Europa Católica Romana. Foram eles: A ênfase na fé ortodoxa mais do que na boa conduta, a absorção da religião pelo ritual, a ociosidade e a esterilidade espiritual dos monges, a exploração da credulidade popular através da venda de indulgências, do suposto poder miraculoso das relíquias, do abuso da excomunhão, da censura pelo clero às publicações, a crueldade da inquisição, o desvios de recursos destinados às cruzadas, e mais a afirmação de que um clero corrompido era o único ministrador de todos os sacramentos, com exceção do batismo.


Este conjunto de fatores promoveu um total descrédito na liderança da Igreja. O título de clérigo, padre ou monge era um termo de insulto pesado. “Em Viena, o sacerdócio, em tempos a mais desejada de todas as carreiras, não recebeu qualquer noviço nos 20 anos que precederam a Reforma (DURANT, Ibdem, p. 21)”.

REFORMA PROTESTANTE.

PRINCÍPIOS TEOLÓGICOS, ÉTICOS, MORAIS E ESPIRITUAIS DA REFORMA PROTESTANTE (2)

2. PRINCÍPIOS TEOLÓGICOS DA REFORMA PROTESTANTE


No ano de 1994, com o objetivo de tratar da situação dos evangélicos contemporâneos, foi formada a Aliança dos Evangélicos Confessionais. Um grupo de líderes, constituído por ilustres ministros evangélicos da atualidade, se reuniu para tratar sobre a decadência que estava havendo no protestantismo e discutir sobre o que poderia ser feito para fortalecer as igrejas evangélicas.


Cento e vinte ministros evangélicos, professores e líderes de organizações para-eclesiásticas se reuniram em Cambridge, Massachusetts, em abril de 1996, durante quatro dias, para juntos elaborarem a Declaração de Cambridge.


A Declaração de Cambridge expressa de forma sucinta a necessidade de se retornar aos princípios teológicos da Reforma, expressos nos cinco solas:


Infelizmente, na igreja evangélica atual, embora se fala muito sobre a necessidade de renovação e avivamento, percebe-se que a glória de Deus foi, em grande, parte esquecida por esta mesma igreja. Por esta razão, não é muito provável que os avivamentos genuínos aconteçam de novo enquanto a igreja não recuperar as verdades que exaltam e glorificam a Deus na salvação. Como esperar que Deus se mova entre o povo, enquanto esse povo não dizer de novo, com verdade: "Só a Deus seja a glória"?


As igrejas evangélicas de hoje estão cada vez mais dominadas pelo espírito deste século em vez de pelo Espírito de Cristo. Como evangélicos, nós nos convocamos a nos arrepender desse pecado e a recuperar a fé cristã histórica.


No decurso da História, as palavras mudam. Na época atual isso aconteceu com a palavra evangélico. No passado, ela serviu como elo de união entre cristãos de uma diversidade ampla de tradições eclesiásticas. O evangelicalismo histórico era confessional. Acolhia as verdades essenciais do Cristianismo conforme definidas pelos grandes concílios ecumênicos da Igreja. Além disso, os evangélicos também compartilhavam uma herança comum nos "solas" da Reforma Protestante do século 16.


Hoje, a luz da Reforma já foi sensivelmente obscurecida. A conseqüência foi a palavra evangélico se tornar tão abrangente a ponto de perder o sentido. Enfrentamos o perigo de perder a unidade que levou séculos para ser alcançada. Por causa dessa crise e por causa do nosso amor a Cristo, seu evangelho e sua igreja, nós procuramos afirmar novamente nosso compromisso com as verdades centrais da reforma e do evangelicalismo histórico. Nós afirmamos essas verdades e não pelo seu papel em nossas tradições, mas porque cremos que são centrais para a Bíblia.


SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade


Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes têm mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.


Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.


A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.


A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.


Tese 1: Sola Scriptura


Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.


Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.


SOLO CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo


À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.


Tese 2: Solo Christus


Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.


Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.


SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho


A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.


A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.


Tese 3: Sola Gratia


Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.


Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.


SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial


A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.


Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.


Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos na verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.


Tese 4: Sola Fide


Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.


Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja, mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.


SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus


Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, o­nde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.


Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.


Tese 5: Soli Deo Gloria


Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.


Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.


Um Chamado ao Arrependimento e à Reforma


A fidelidade da igreja evangélica no passado contrasta fortemente com sua infidelidade no presente. No princípio deste mesmo século, as igrejas evangélicas sustentavam um empreendimento missionário admirável e edificaram muitas instituições religiosas para servir a causa da verdade bíblica e do reino de Cristo. Foi uma época em que o comportamento e as expectativas cristãs diferiam sensivelmente daquelas encontradas na cultura. Hoje raramente diferem. O mundo evangélico de hoje está perdendo sua fidelidade bíblica, sua bússola moral e seu zelo missionário.


Arrependamo-nos de nosso mundanismo. Fomos influenciados pelos "evangelhos" de nossa cultura secular, que não são evangelhos. Enfraquecemos a igreja pela nossa própria falta de arrependimento sério, tornamo-nos cegos aos pecados em nós mesmo que vemos tão claramente em outras pessoas, e é indesculpável nosso erro de não falar às pessoas adequadamente sobre a obra salvadora de Deus em Jesus Cristo.


Também apelamos sinceramente a outros evangélicos professos que se tenham desviado da Palavra de Deus nos assuntos discutidos nesta declaração. Incluímos aqueles que declaram haver esperança de vida eterna sem fé explícita em Jesus Cristo, os que asseveram que quem rejeita a Cristo nesta vida será aniquilado em lugar de suportar o juízo justo de Deus pelo sofrimento eterno e os que dizem que os evangélicos e os católicos romanos são um em Jesus Cristo, mesmo quando a doutrina bíblica da justificação não é crida.


A Aliança de Evangélicos Confessionais pede que todos os crentes dêem consideração à implementação desta declaração no culto, ministério, política, vida e evangelismo da igreja.


Em nome de Cristo. Amém.
QUERO DEIXAR UM CONVITE TODO ESPEÇIAL AOS MEUS IRMÃOS EM CRISTO PARA ESTAREM JUNTO CONOSCO TODOS OS DOMINGOS AS 7:30 DA MANHÃ NA NOSSA CONGREGAÇÃO QUE FICA NA RUA: PADRE PEDRO DE ALENCAR N: 1364 EM MESSEJANA EM FRENTE A ANTIGA REGIONAL VI, PARA UMA MANHÃ MARAVILHOSA COM DEUS.

ATENCIOSAMENTE: Dc: SAMUEL VIANA.
LIDER: JUVENTUDE-MESSEJANA 2.

sábado, 27 de março de 2010

SEMANA SANTA O QUE FIZERAM COM JESUS


Falando em perdão, recomendando a reconciliação e até orientando o povo a orar por seus caluniadores, Jesus enfrentava barra pesada. É que o egoísta mundo judeu não transigia um milímetro sequer.

Todo aquele contingente de escribas, fariseus, saduceus e levitas frequentadores da sinagoga não passavam de radicais, sempre a ler os livros sagrados, mas mantendo a velha caturrice. A intransigência era seu código de honra, sua lei pétrea. Para eles a caridade pregada por Cristo infringia a regra do olho por olho e dente por dente.

De par com aquele radicalismo, avultava o despeito e uma recrudescente e invejosa aversão aos milagres do "filho do carpinteiro" cuja mensagem de amor e perdão tanto primava pela sublimidade. O perfil do Nazareno muito diferençava das ideias e dos arraigados costumes judaicos. Sua doutrina contrastava com o "modus vivendi" das turbas hebreias, daí por que estas, incitadas pelo vício da inveja ("confissão de inferioridade", segundo os filósofos) a que se adicionava a vaidade do farisaismo de antanho, atingiram o apogeu do ódio - ódio tão inflamado que levou a massa a chantagear Pilatos: "Se o soltas, não és amigo de César". Odiaram tanto que não tiveram outra alternativa senão trucidar o profeta que os importunava.

Aquela tragédia ignominiosa ocorrida há 2010 anos será rememorada neste início de abril. Sim, iremos celebrar a paixão de Cristo, contritos e arrependidos, pois o Calvário nos permitiu obter o perdão de nossos pecados em nada diferentes da culpa dos judeus contemporâneos de Herodes, Caifaz e Judas.

Transgredindo a lei e os princípios cristãos com a corrupção, o peculato, a concupiscência, a maldade, a inveja e a falta de caridade, todos nos assemelhamos àqueles que injustamente difamaram, ridicularizaram e esbofetearam Jesus Cristo, levando-o ao impiedoso martírio da crucifixão.

Inexoravelmente, a atrocidade dos algozes de Cristo é idêntica à nossa vida de egoísmo e covardia, longe do caminho do Senhor.

domingo, 21 de março de 2010

JOVENS VIVENCIANDO OS ULTIMOS DIAS DA HUMANIDADE.


VIVEMOS DIAS TERRIVEIS,MARCADOS POR CATASTROFES SOBRENATURAIS, CRESÇIMENTO DA CRIMINALIDADE ONDE NÃO HÁ MAIS RESPEITO ENTRE AS PESSOAS. E A VIDA HUMANA TEM SIDO BANALIZADA, MATA-SE UMA PESSOA COM A MAIOR FAÇILIDADE COMO SE FOSSE UM ANIMAL SELVAGEM SEM DOR NEM RECENTIMENTO NENHUM, E OS JOVENS TEM SIDO O PRINCIPAL ALVO DA VIOLENCIA,DROGAS,CRIMES,PROSTITUIÇÔES E ETC.

E A JUVENTUDE TEM ANDADO EM BUSCA DE SATISFAZER OS PRAZERES QUE O SEU CORPO FISICO TEM DESEJADO, POREM ESQUECEMOS QUE SOMOS COMPOSTOS: POR TRÊS ELEMENTOS: CORPO, ALMA E ESPIRITO, E ESTES TRÊS COMPONENTES TRAVAM DIARIAMENTE UMA GUERRA ENTRE SÍ UM TENTANTO VENCER O OUTRO.

E O QUE NÃO PERCEBEMOS É QUE O CORPO QUE É A MATERIA, ELE GERALMENTE BUSCA UM ALGO QUE SE NÓS OBDECERMOS OS SEUS DESEJOS ESSAS VONTADES PODEM NOS LEVAR A MORTE FISICA E ESPIRITUAL.
JÁ O ESPIRITO PODE SER COMPARADO A CONCIENCIA QUE É AQUILO QUE LÁ NO FUNDO DO PENSAMENTO NO SEU INTIMO LHE ALERTA DAS COISAS ERRADAS QUE VOÇÊ QUER FAZER.
PORQUE O ESPIRITO QUER GERAR VIDA AO CONTRARIO DO CORPO QUE QUER LHE LEVAR A MORTE.

E ESTÁ DIANTE DE VOÇÊ A DECISÃO DE ESCOLHER QUEM VOÇÊ QUER ESCULTAR E OBEDECER, LEMBRANDO QUE AS VEZES TOMAMOS DEÇISOES QUE SÃO IRREVERSIVEIS QUE NÃO TEM CONCERTO UMA VEZ UM ATO CONSUMADO NÃO TEM COMO VOLTAR ATRÁS E DESFAZER AQUILO QUE VOÇÊ JÁ FEZ.

POREM DEUS TEM UM ESCAPE PARA ESTA SOCIEDADE CORROMPIDA E PERDIDA NOS SEUS PROPRIOS DESEJOS E CONCUPISCÊNCIAS QUE SÓ OS TEM LEVADOS A DESTRUIÇÃO E A MORTE.
PORQUE INFELISMENTE ESCOLHEMOS PELA APARENÇIA AQUILO QUE ENCHERGAMOS QUE É BONITO OU PRAZEROZO ISSO TAMBÉM ACONTEÇEU COM UM PROFETA DA BIBLIA SAGRADA CHAMADO SAMUEL NO CAPITULO 16 E VERCICULO 6 DE SEU LIVRO, ELE TENTOU ESCOLHER PELA APARENÇIA MAS PREFERIU OUVIR A VOZ DE DEUS QUE DIZIA QUE DEUS VER NÃO O EXTERIOR MÁS O INTERIOR OU SEJA QUE ESTÁ DENTRO DO CORAÇÃO.

ESTÁ DIANTE DOS NOSSOS OLHOS A SOLUÇÃO PARA A HUMANIDADE QUE É PERMITIR QUE JESUS CRISTO ADMINISTRE AS NOSSAS VIDAS EM TODOS OS ASPECTOS E SE ESFOÇAREM PARA SEREM PESSOAS MELHORES,FAZEREM O BEM, SE PREOCULPANDO COM O PROXIMO, E ENTENDENDO QUE AS FARRAS E DIVERSÕES MUNDANAS QUE SE TEM OFERICIDO SÓ TEM AGRAVADO A SITUAÇÃO QUE A JUVENTUDE TEM VIVENCIADO NESSES ULTIMOS DIAS QUE A HUMANIDADE ESTÁ VIVENDO.

SEJA UMA BENÇÃO NAS MÃOS DE DEUS ,SALMO 37.5, ENTREGA O TEU CAMINHO AO SENHOR; CONFIA NELE, E TUDO ELE FARÁ.

E QUE NÓS TENHAMOS CORAGEM DE SER REALISTAS E ACEITARMOS A VERDADE QUE JESUS ESTÁ VOLTANDO PARA LEVAR COM ELE UM POVO QUE É SANTO,DIRENTE,OBIDIENTE E QUE ZELA PELA SUA PALAVRA.
FAÇA PARTE DESSE POVO.

QUE DEUS ABENÇOE A CADA UM DE VOÇÊS, EM BREVE COLOCAREMOS NOVAS POSTAGENS E FOTOS.

ATENCIOSAMENTE COM AMOR E CARINHO,
DIACONO: SAMUEL VIANA
LIDER DA JUC-MESSEJANA 2009/2010.